Leia um dos sonetos de Camilo Pessanha, publicado originalmente em Clepsidra.
Soneto
Camilo
Pessanha
Imagens
que passais pela retina
Dos meus olhos, por que não vos fixais?
Que passais como a água cristalina
Por uma fonte para nunca mais!...
Ou
para o lago escuro onde termina
Vosso curso, silente de juncais,
E o vago medo angustioso domina,
– Por que ides sem mim, não me levais?
Sem
vós o que são os meus olhos abertos?
– O espelho inútil, meus olhos pagãos!
Aridez de sucessivos desertos...
Fica
sequer, sombra das minhas mãos,
Flexão casual de meus dedos incertos,
– Estranha sombra em movimentos vãos.
1 Analisando o poema acima, qual tema ele aborda?
2
A quem o eu lírico se dirige?
3
o que sugerem os termos relacionados à água nos versos a seguir?
Que
passais como a água cristalina
Por uma fonte para nunca mais!...
Ou para o lago escuro onde termina
4
O que podem simbolizar, no soneto, as
palavras e expressões imagens, retina
dos meus olhos e meus olhos abertos?
5
A que o eu poético compara seus olhos na
3ª estrofe? Explique.
6
Que estrofes do poema revelam o vazio e a
dor existencial do eu diante da incapacidade de apreensão do mundo exterior e
do caráter transitório da vida?
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