segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Semana 17 - 3º ano - Ensino Médio -UE Prof. Tomaz de Arêa Leão Filho


ATIVIDADES PARA A SEMANA 17 

ATIVIDADE 1: LITERATURA (TERÇA-FEIRA, 25/08)



Hoje continuaremos a estudar poetas portugueses.

Leia o poema do poeta português Mário de Sá Carneiro: 



Além-Tédio



Nada me expira já, nada me vive -
Nem a tristeza nem as horas belas.
De as não ter e de nunca vir a tê-las,
Fartam-me até as coisas que não tive.

Como eu quisera, enfim de alma esquecida,
Dormir em paz num leito de hospital...
Cansei dentro de mim, cansei a vida
De tanto a divagar em luz irreal.

Outrora imaginei escalar os céus
À força de ambição e nostalgia,
E doente-de-Novo, fui-me Deus
No grande rastro fulvo que me ardia.

Parti. Mas logo regressei à dor,
Pois tudo me ruiu... Tudo era igual:
A quimera, cingida, era real,
A própria maravilha tinha cor!

Ecoando-me em silêncio, a noite escura
Baixou-me assim na queda sem remédio;
Eu próprio me traguei na profundura,
Me sequei todo, endureci de tédio.

E só me resta hoje uma alegria:
É que, de tão iguais e tão vazios,
Os instantes me esvoam dia a dia
Cada vez mais velozes, mais esguios...

Mário de Sá-Carneiro, in 'Dispersão'


No poema acima, podemos identificar as principais características da obra de Mário de Sá-Carneiro. São elas, exceto:

a) A obra de Mário de Sá-Carneiro confunde-se com sua vida. Em seus versos, ele expressa uma angústia permanente.

b) A sinestesia, uma das maiores características da escola simbolista, é bastante utilizada por Mário de Sá-Carneiro em suas obras. O escritor lança mão das correspondências sensoriais tanto na poesia quanto na narrativa.

c) A melancolia, o narcisismo, a frustração e o sentimento de abandono, esse último está intimamente relacionado com a morte prematura da mãe de Mário de Sá-Carneiro.

d) Dificuldade em assumir-se como adulto e dificuldades para transpor as barreiras entre realidade e idealidade.

e) O fenômeno da heteronímia é uma das principais características de sua obra. Mário de Sá-Carneiro criou personalidades literárias distintas, entre elas Alberto Caeiro, Bernardo Soares, Ricardo Reis e Álvaro de Campos, esse último considerado o alterego do escritor.

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ATIVIDADE 2: GRAMÁTICA (QUARTA-FEIRA, 26/08)

Continuaremos analisando o uso das orações subordinadas adverbiais (pág. 234 até 236) em textos:



Como sabemos, as orações subordinadas adverbiais exercem a função de adjunto adverbial do verbo da oração principal atribuindo-lhe sentidos. Responda:

1.     A oração “Quando se está no topo, todos querem te derrubar” apresenta ambiguidade de sentidos. Explique-os.

2.     Qual a oração principal e a subordinada adverbial do período destacado no anúncio?

3.     Classifique a oração subordinada adverbial presente no período e diga a função que ela desempenha em relação à OP.

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ATIVIDADE 3: PRODUÇÃO TEXTUAL- (QUINTA-FEIRA, 27/08)

Abaixo está transcrito um texto dissertativo de um aluno de 14 anos sob o título Aparência não é tudo. Leia!

Aparência não é tudo

Um dos grandes problemas que jovem enfrenta hoje, não só nas escolas como também na rua onde mora e até mesmo em casa por parte de amigos e familiares são os apelidos devido à sua aparência física, seu modo de falar ou andar.

Esses apelidos são uma forma de violência, de agressão trazendo transtornos para as pessoas envolvidas e futuramente até problemas psicológicos. Nesse caso, o jovem tem tendência a ter uma baixa alto-estima, sentindo-se inferior às outras pessoas. Observa-se, claramente, esse tipo de situação nas escolas, onde muitos estudantes são apelidados e ridicularizados por parte dos colegas. Essa situação acaba causando a exclusão do aluno nos grupos, nas brincadeiras e nas conversas.

Logo, as piadinhas e os apelidos causam humilhação e rejeição para o envolvido e aumenta o ego da pessoa que deu o apelido. Portanto, este tipo de atitude é errônea e de muita falta de educação pois todos são humanos e têm sentimentos.

Fonte: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/33031/33031_7.PDF



Baseado no que aprendeu sobre texto dissertativo-argumentativo:

  1. Qual a ideia central (tese) defendida pelo autor?
  2. Você concorda com a tese defendida por ele? Justifique-se.
  3. Quais argumentos ele usa para defender sua tese.

4. Levando em consideração o que aprendeu nas aulas anteriores, quais opiniões, ideias ou argumentos você acrescentaria a esse texto?



Se você tiver acesso ao WhatsApp, entre no grupo da sua turma para enviar as fotos das atividades respondidas. Os alunos que assim o fazem, recebem a correção da atividade e comentários das respostas no mesmo dia. Caso não tenha, continue deixando suas atividades respondidas na escola, pois elas também serão corrigidas! Mas não deixe de estudar e responder as atividades!





Semana 17 - 2º ano - Ensino Médio -UE Prof. Tomaz de Arêa Leão Filho

 

ATIVIDADES PARA A SEMANA 17

ATIVIDADE 1: LITERATURA (TERÇA-FEIRA, 25/08)

Você sabe o que é uma poesia lírica????

Na poesia lírica, o poeta representa seus sentimentos, estado de espírito e percepções. O poema funciona como uma fotografia, registrando emoções e sentimentos do "eu lírico", isto é, a voz que se manifesta no poema.


Assista ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=L7cpSwyeeFA

Agora leia o poema lírico Minha mãe de Luiz Gama (pág. 136 e 137). 

Luiz Gama

E responda as questões 1 e 2 (pág. 137e 138).


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ATIVIDADE 2: GRAMÁTICA (QUARTA-FEIRA, 26/08)


Hoje finalizaremos o conteúdo de Colocação Pronominal. Para isso, abra seu livro na seção Panorama (pág. 247 até 249) e releia o conteúdo.

Assista ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=og2kv_JmxBE

Responda a seção Passos Largos (questões de 1 até 7, pág. 249 e 250).

Se tiver dúvidas, sobre o conteúdo ou sobre as questões, envie-me uma mensagem via WhtasApp. 

ATIVIDADE 3: PRODUÇÃO TEXTUAL- (QUINTA-FEIRA, 27/08)

Nas aulas anteriores de produção textual, você aprendeu o que é o tribunal do júri, para que serve e como funciona. Agora leia esta notícia sobre ele.

DEPUTADO PROPÕE PEC PARA ALTERAR JULGAMENTO DE MINISTROS DO SUPREMO E PEDE APOIO

O deputado Carlos Jordy apresentou uma Proposta de Emenda Constitucional para alterar a forma de julgamento de crimes de abuso de autoridade de ministros do Supremo Tribunal Federal. Atualmente,a Constituição determina que o Senado é responsável por julgar possíveis crimes cometidos por ministros do Supremo, mas, como os pedidos precisam ser admitidos pelo presidente da Casa, na prática não existe qualquer controle sobre atos de ministros. Os presidentes do Senado, reiteradamente, acumulam os pedidos em suas gavetas. Os outros 80 senadores se submetem aos desígnios do presidente.

O deputado Carlos Jordy disse: “Apresentei PEC (Propostas de Emenda à Constituição) que amplia a competência do Tribunal do Júri para julgar os crimes de abuso de autoridade praticados por Ministros do STF. Se o poder emana do povo, um órgão composto por este deve ser a última instância em abusos praticados pelo Supremo. Precisamos de 171 assinaturas!”.

O deputado explicou: “E se pudéssemos recorrer a outro órgão para julgar abusos do STF? É no que consiste a PEC que amplia a competência do Tribunal do Júri para julgar os crimes de abuso de autoridade praticados por ministros do STF. Só temos 4 assinaturas. São necessárias 171 para tramitar. Cobrem dos deputados! Até agora assinaram comigo a PEC dos crimes de abuso de autoridade os deputados: Capitão Wagner, Carla Zambelli, Deuzinho Filho e José Rocha. Falta muita gente nossa ainda para assinar. Tem muito deputado perseguido pelo STF que até agora não assinou. Vamos cobrar!”

Fonte: https://globoonline.com.br/deputado-propoe-pec-para-alterar-julgamento-de-ministros-do-supremo-e-pede-apoio/

 

Agora produza um parágrafo apreciativo (de no mínimo 5 linhas) acerca dessa PEC que amplia as competências do tribunal do júri. O parágrafo deve conter o que você acha da PEC bem como a justificativa.       

Se você tiver acesso ao WhatsApp, entre no grupo da sua turma para enviar as fotos das atividades respondidas. Os alunos que assim o fazem, recebem a correção da atividade e comentários das respostas no mesmo dia. Caso não tenha, continue deixando suas atividades respondidas na escola, pois elas também serão corrigidas! Mas não deixe de estudar e responder as atividades!


Semana 17 - 1º ano - Ensino Médio -UE Prof. Tomaz de Arêa Leão Filho

ATIVIDADES PARA A SEMANA 17

ATIVIDADE 1: LITERATURA (TERÇA-FEIRA, 25/08)

 Leia o texto de Laura Guimarães (Pág. 147)



Assista ao vídeo sobre os tipos de narrador:https://www.youtube.com/watch?v=Kv5mCy9xrnA


Responda as questões correspondentes na pág. 148 (somente da 1ª até 5ª).

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ATIVIDADE 2: GRAMÁTICA (QUARTA-FEIRA, 26/08)


Hoje, na aula de gramática, continuaremos estudando os adjetivos, mais especificamente os usos do adjetivo no texto. Responda as questões 14, 15 e 16 (pág. 256 e 257).

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ATIVIDADE 3: PRODUÇÃO TEXTUAL- (QUINTA-FEIRA, 27/08)

Durante este mês e parte do mês de julho, vimos exemplos de carta do leitor e como ela é estruturada. Agora é sua vez de produzir! Abra seu livro na pág. 331 e produza uma carta do leitor, conforme é orientado lá.

Caso tenha alguma dúvida, pergunte-me via WhatsApp no dia da aula.


Se você tiver acesso ao WhatsApp, entre no grupo da sua turma para enviar as fotos das atividades respondidas. Os alunos que assim o fazem, recebem a correção da atividade e comentários das respostas no mesmo dia! Caso não tenha, continue deixando suas atividades respondidas na escola, pois elas também serão corrigidas! Mas não deixe de estudar e responder as atividades!

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Semana 16 - 3º ano - Ensino Médio -UE Prof. Tomaz de Arêa Leão Filho

 



ATIVIDADES PARA A SEMANA 16 

ATIVIDADE 1: LITERATURA (TERÇA-FEIRA, 18/08)


Hoje estudaremos uma poesia de outro importante nome do Modernismo português: Mário de Sá Carneiro. Leia o poema Dispersão abaixo:



Dispersão (trecho)

Perdi-me dentro de mim
Porque eu era labirinto,
E hoje, quando me sinto,
É com saudades de mim.

Passei pela minha vida
Um astro doido a sonhar.
Na ânsia de ultrapassar,
Nem dei pela minha vida...

Para mim é sempre ontem,
Não tenho amanhã nem hoje:
O tempo que aos outros foge
Cai sobre mim feito ontem (…).


1. O que os versos “Perdi-me dentro de mim/
Porque eu era labirinto” revelam em relação ao eu lírico?

2. Comente os versos “Na ânsia de ultrapassar,
Nem dei pela minha vida...” dando atenção especial à maneira como o eu lírico encara a vida.

3. Assinale as opções que referem-se a sentimentos do eu lírico:

a) Descontentamento

b) Ansiedade

c) Euforia

d) Melancolia



Se quiser ampliar seus conhecimentos, sugiro uma pesquisa (não obrigatória) sobre a vida e obra de Mário de Sá Carneiro.
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ATIVIDADE 2: GRAMÁTICA (QUARTA-FEIRA, 19/08)


Assista novamente a videoaula sobre advérbios: 


Caso não consiga ver o vídeo acima, clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=tCoaqWAaOKk


Analise o anúncio publicitário abaixo. 





1. Qual a finalidade desse anúncio publicitário?

2. Por que o anunciante compara mandar um torpedo ao ato de beijar?

3. Qual a classificação da oração subordinada destacada na oração “Quando você começa, não quer mais parar”? 




Caso tenha dúvida, procure-me!

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ATIVIDADE 3: PRODUÇÃO TEXTUAL- (QUINTA-FEIRA, 20/08)


Continuaremos estudando as diferenças entre texto dissertativo e expositivo. Para isso, veja, a seguir, um exemplo de texto dissertativo-argumentativo que alcançou nota 1000 no Enem 2018:

 



A obra musical "Admirável Chip Novo", da cantora Pitty, retrata a manipulação das ações humanas em razão do uso das tecnologias, que findam por influenciar o comportamento dos indivíduos. Não obstante, tal questão transcende a arte e mostra-se presente na realidade brasileira através da filtragem de dados na internet e sua utilização como ferramenta de determinação de atitudes, consequência direta do interesse do mercado globalizado e da vulnerabilidade dos usuários. Assim, torna-se fundamental a discussão desses aspectos, a fim do pleno funcionamento da sociedade.

Convém ressaltar, a princípio, o estabelecimento do comércio virtual e sua contribuição para a continuidade da problemática. Quanto a esse fator, é válido considerar a alta capacidade publicitária da web, bem como sua consolidação enquanto espaço mercantil - possibilitador de compra e venda de produtos. Sob esse aspecto, o célebre geógrafo, Milton Santos, afirma a existência de relação entre o desenvolvimento técnico-científico e as demandas da globalização, justificando, assim, a constante oferta de conteúdos culturais e comerciais que podem ser adquiridos pelos usuários, de modo a fortalecer o mercado mundial e o capitalismo.

Paralelo a isso, a imperícia social vinculada ao déficit em letramento digital fomenta a perpetuação do impasse. Nesse viés, as instituições educacionais ainda não são eficazes na educação tecnológica, por não contarem com estrutura profissional e material voltado ao tema. Ademais, a formação de indivíduos vulneráveis possibilita a ação do mecanismo que pode transformar comportamentos, tornando-os passíveis de alienação. Essa conjuntura contraria o Estado proposto expondo internautas a um ambiente não transparente, em que decisões são previamente programadas por outrem.



Em suma, faz-se imprescindível a tomada de medidas atenuantes ao entrave abordado. Posto isso, concerne ao Estado, mediante os Ministérios da Educação e Ciência e Tecnologia, a criação de um plano educacional que vise a elucidar a população quanto aos riscos da navegação na rede e à necessidade de adaptação aos novos instrumentos digitais. Tal projeto deve ser instrumentalizado na oferta de aparelhos tecnológicos às escolas, para a promoção de palestras e aulas práticas sobre o uso da tecnologia, mediadas por técnicos e professores da área, objetivando a qualificação dos usuários e a prevenção de casos de manipulação de atitudes. Dessa maneira, o Brasil poderá garantir a liberdade de seus cidadãos e o Estado lockeano poderá ser consolidado." 

Rylla Lídice Varela de Melo, 19 anos, de Ipanguaçu/RN

Leia atentamente o texto dissertativo acima e busque nele as características pertinentes a esse tipo textual estudado na aula passada.

Dica: nos textos impressos, uma estratégia interessante é ir circulando aquilo que achar interessante e que pode ser usado nas suas redações. 


Caso tenha dúvida, procure-me!
Bom fim de semana!!

Semana 16 - 2º ano - Ensino Médio -UE Prof. Tomaz de Arêa Leão Filho

 





ATIVIDADES PARA A SEMANA 16 

ATIVIDADE 1: LITERATURA (TERÇA-FEIRA, 18/08)

Correção do material impresso: 👇👇👇

Ainda sobre o Romantismo, leia o poema lírico O gondoleiro do amor de Castro Alves (pág. 135) e responda as questões 1 e 2 (pág. 135 e 136).

PARA COMPREENDER MELHOR: Na poesia lírica o poeta fala de sentimentos, estado de espírito e percepções dele ou dela. O poema funciona como uma fotografia, registrando emoções e sentimentos do "eu lírico", isto é, a voz que se manifesta no poema.


ATIVIDADE 2: GRAMÁTICA (QUARTA-FEIRA, 19/08)


Assista a videoaula a seguir: 


Se não conseguir, ver o vídeo acima, clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=tK_wo-CF8RU



Hoje continuaremos o estudo da Colocação Pronominal.

Abra seu livro na pág. 249 e leia o trecho Mesóclise e Uso dos pronomes oblíquos nas locuções verbais. Agora responda:

1. Abaixo estão listadas algumas orações com mesóclise. Você deverá justificar o emprego dela, em cada oração:

a) Ouvir-te-ei sempre que quiseres.

MODELO DE RESPOSTA: Usa-se mesóclise pois o verbo está no futuro do presente.



b) Pentear-te-ia com paciência.

c) Confessar-te-ia a verdade se assim o fosse.

d) Comprar-te-ei um presente no dia das crianças.

e) Amar-te-ei sempre.

f) Beijar-vos-ia, se pudesse.

Dúvidas?? Procure-me!

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ATIVIDADE 3: PRODUÇÃO TEXTUAL- (QUINTA-FEIRA, 20/08)






No Brasil, o tribunal do júri é o tribunal em que cidadãos comuns decidem sobre a culpabilidade ou não dos acusados (réus), acerca de crimes dolosos contra a vida. Como você viu no texto de aulas anteriores, são crimes como homicídio doloso, auxílio ou instigação ao suicídio, aborto e infanticídio. 



Você concorda que crimes contra a vida sejam apreciados por cidadãos comuns? Comente o fato e justifique sua resposta.

Dúvidas?? Procure-me!

Bom fim de semana!



Semana 16 - 1º ano - Ensino Médio -UE Prof. Tomaz de Arêa Leão Filho

 




ATIVIDADES PARA A SEMANA 16 

ATIVIDADE 1: LITERATURA (TERÇA-FEIRA, 18/08)

Nas aulas anteriores de Literatura, estudamos o miniconto. Você leu os minicontos Apelo (pág. 144) e A Árvore que Pensava (pág. 146). Agora leia esta pequena notícia:



·       O Twitter é uma rede social muito utilizada atualmente.

·           Um CARACTERE corresponde a uma letra, sinal de pontuação, número e até um espaço.


Desafio

Você irá reler o miniconto A Árvore que Pensava (pág. 146). E reescrevê-lo com somente 280 caracteres. Não poderá passar disso!

Lembre-se de que o texto que você irá escrever deverá manter o essencial para ser considerado um conto (personagem, cenário, enredo, conflito, foco narrativo).

Caso tenha alguma dúvida, pergunte-me via WhatsApp no dia da aula.



ATIVIDADE 2: GRAMÁTICA (QUARTA-FEIRA, 19/08)

Ainda sobre o conteúdo de adjetivo, estudaremos os Adjetivos compostos: flexão de número (Pág. 253).


Assista a videoaula:

 


Se não conseguir ver o vídeo acima, clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Ulj0iDZirjY

1. Assinale a única alternativa em que os adjetivos compostos estão flexionados adequadamente:

a) calças azuis-marinhos

b) atividades médicos-dentárias

c) blusas verde-claras

d) meninos surdo-mudos

e) lutas grecos-romanas



2. A flexão do adjetivo composto que melhor completa a oração é:

Todos as pessoas imigrantes eram ______________.

a) ( ) afras-descendentes

b) ( ) afrodescendentes

c) ( ) afrosdescendentes

d) ( ) afra-descendentes



Dúvidas??? Procure-me!
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ATIVIDADE 3: PRODUÇÃO TEXTUAL-
(QUINTA-FEIRA, 20/08) 

Abra seu livro na pág. 329 e 330 e releia as 4 cartas do leitor presentes lá. Responda a questões da seção Palavras na Lupa pág. 330 (letras a), b) e c)) .

Caso tenha alguma dúvida, pergunte-me via WhatsApp no dia da aula.


Bom fim de semana!!


segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Semana 15 - 3º ano - Ensino Médio -UE Prof. Tomaz de Arêa Leão Filho

ATIVIDADE PARA A SEMANA 15 

ATIVIDADE 1: LITERATURA - (TERÇA-FEIRA, 11/07) 

Continuaremos a estudar o Modernismo português. Para isso leia o poema abaixo.




PRESSÁGIO de Fernando Pessoa

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...

Agora responda:

1.    A maior parte dos poemas de amor costuma fazer uma homenagem e um elogio a esse sentimento nobre, porém aqui vemos um eu-lírico desconectado, sem conseguir estabelecer laços afetivos. Transcreva um trecho que confirma essa afirmação.

2.    Ao longo de vinte versos divididos em cinco estrofes, vemos um sujeito poético que deseja viver o amor na sua plenitude, mas parece não saber como conduzir o sentimento. Transcreva um trecho que confirma essa afirmação.

3.    Como o eu lírico comporta-se diante da amada?


ENEM

Para complementar seus conhecimentos, sugiro que assista ao vídeo “ABUJAMRA declama Fernando Pessoa - 📕📘 Poema ‘TABACARIA’!” no Youtube, caso você tenha acesso à internet.



Se tiver dúvidas, procure-me!

ATIVIDADE 2: GRAMÁTICA - (QUARTA-FEIRA, 12/07)

Leia a tirinha abaixo:


  1. Observe a primeira cena: na fala do lobo, além da oração principal há outras duas orações subordinadas adverbiais. Quais são elas?
  2. Na última cena, o lobo desiste do plano e come a pizza, por quê?
  3. A palavra “peraí...” é um exemplo do linguagem informal. Adéque-a à norma padrão. 

Se tiver dúvidas, procure-me!

ATIVIDADE 3: PRODUÇÃO DE TEXTO - (QUINTA-FEIRA, 13/08)


Na aula anterior, estudamos as diferenças entre texto dissertativo e expositivo. Hoje você lerá exemplos de textos expositivos

Exemplos de texto expositivo

• Resumo de artigo:

“Este artigo tem como objetivo discutir a estrutura e o funcionamento da Educação Básica no Brasil, assim como ressaltar a necessidade de um ensino básico de qualidade para o desenvolvimento da sociedade. Levando em consideração as mudanças contínuas do mundo globalizado, esse estudo também se propõe a situar o papel das mídias e tecnologias de informação e comunicação, como uma das ferramentas capazes de potencializar a aprendizagem em sala de aula.”  (SANTOS, Esther. A Educação Básica no Brasil: desafios e possibilidades do mundo globalizado.)

  • Enciclopédia

Cervo-do-pantanal (nome científico: Blastocerus dichotomus), também chamado suaçuetê, suaçupu, suaçuapara, guaçupuçu ou simplesmente cervo, é um mamífero ruminante da família dos cervídeos e único representante do gênero Blastocerus. Ocorria em grande parte das várzeas e margens de rios do centro da América do Sul, desde o sul do rio Amazonas até o norte da Argentina, mas atualmente, a espécie só é comum no Pantanal, na bacia do rio Guaporé, na ilha do Bananal e em Esteros del Iberá.

 


Questão

  1. Sobre os textos lidos anteriores, responda: quais características presentes nesses dois exemplos nos permitem afirmar que ele é um texto expositivo?

SÁBADO - ATIVIDADE 3: PRODUÇÃO DE TEXTO - (15/08)

Leia o texto dissertativo-argumentativo abaixo. Enem 2017

“Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”

Na mitologia grega, Sísifo foi condenado por Zeus a rolar uma enorme pedra morro acima eternamente. Todos os dias, Sísifo atingia o topo do rochedo, contudo era vencido pela exaustão, assim a pedra retornava à base. Hodiernamente, esse mito assemelha-se à luta cotidiana dos deficientes auditivos brasileiros, os quais buscam ultrapassar as barreiras as quais os separam do direito à educação. Nesse contexto, não há dúvidas de que a formação educacional de surdos é um desafio no Brasil o qual ocorre, infelizmente, devido não só à negligência governamental, mas também ao preconceito da sociedade.

A Constituição cidadã de 1988 garante educação inclusiva de qualidade aos deficientes, todavia o Poder Executivo não efetiva esse direito. Consoante Aristóteles no livro "Ética a Nicômaco", a política serve para garantir a felicidade dos cidadãos, logo se verifica que esse conceito encontra-se deturpado no Brasil à medida que a oferta não apenas da educação inclusiva, como também da preparação do número suficiente de professores especializados no cuidado com surdos não está presente em todo o território nacional, fazendo os direitos permanecerem no papel.

Outrossim, o preconceito da sociedade ainda é um grande impasse à permanência dos deficientes auditivos nas escolas. Tristemente, a existência da discriminação contra surdos é reflexo da valorização dos padrões criados pela consciência coletiva. No entanto, segundo o pensador e ativista francês Michel Foucault, é preciso mostrar às pessoas que elas são mais livres do que pensam para quebrar pensamentos errôneos construídos em outros momentos históricos. Assim, uma mudança nos valores da sociedade é fundamental para transpor as barreiras à formação educacional de surdos.

Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse problema. Cabe ao Ministério da Educação criar um projeto para ser desenvolvido nas escolas o qual promova palestras, apresentações artísticas e atividades lúdicas a respeito do cotidiano e dos direitos dos surdos. - uma vez que ações culturais coletivas têm imenso poder transformador - a fim de que a comunidade escolar e a sociedade no geral - por conseguinte - conscientizem-se. Desse modo, a realidade distanciar-se-á do mito grego e os Sísifos brasileiros vencerão o desafio de Zeus.

Isabella Barros Castelo Branco, do Piauí.

Questões.

  1. Identifique no texto a opinião da autora acerca do tema abordado.

  2. Localize os argumentos utilizados para defender o ponto de vista dela.
Se tiver dúvidas, procure-me!

Semana 15 - 2º ano - Ensino Médio -UE Prof. Tomaz de Arêa Leão Filho

 ATIVIDADE PARA A SEMANA 15 




ATIVIDADE 1: LITERATURA - (TERÇA-FEIRA, 11/08) 

Hoje continuaremos estudando o Romantismo. Leia o poema Flash Back de Adão Ventura (pág. 132) e responda as questões de 1 a 5 (pág. 133 e 134).


Se tiver dúvidas, estou à disposição!



 

ATIVIDADE 2: GRAMÁTICA - (QUARTA-FEIRA, 12/08)


Hoje continuaremos o estudo da Colocação Pronominal.

Abra seu livro na pág. 248 e leia o trecho Ênclise até o fim (pág. 249).

Agora responda:

1. Abaixo estão listadas algumas orações com ênclise. Você deverá justificar o emprego dela, em cada oração:

a) Quando eu pedir, retirem-lhe da sala.
EXEMPLO DE COMO RESPONDER: Usa-se ênclise pois na oração há verbo no imperativo afirmativo.

a) Fez-me um favor. Só isso!

b) Prometo amar-te.

c) Vive castigando lhe sem motivos aparentes.

d) “Vais encontrar o mundo, disse-me o pai, à porta do Ateneu”

e) Está bom, perdoa-lhe, disse eu.



f) E voltando-se para dentro, gritou.


ATIVIDADE 3: PRODUÇÃO DE TEXTO - (QUINTA-FEIRA, 13/08)

Leia o box amarelo da pág. 325. Nele você encontrará as estratégias usadas por promotores e advogados para persuadir os jurados. Ao final dele, há um exemplo de uma frase na qual as estratégias foram empregas.

Imagine a seguinte situação hipotética:

Joãozinho das Tapiocas está sendo julgado em um Tribunal do Júri, por ter desferido 7 facadas no seu amigo Carlito Matador de Frango após desentendimento em uma mesa de bar na qual os dois bebiam comemorando o nascimento da filha do acusado.

VOCÊ DEVERÁ PRODUZIR 2 FRASES REFERENTES A CADA SITUAÇÃO ABAIXO.


Situação 1

Você é advogado de defesa e deverá construir uma frase com o objetivo de persuadir o júri que de seu Joãozinho das Tapiocas é inocente. Use as estratégias do box amarelo da pág. 325 e seus conhecimentos de retórica (pág. 325) para construí-la.


Situação 2

Você é promotor e deverá construir uma frase com o objetivo de persuadir o júri que de seu Joãozinho das Tapiocas é culpado. Use as estratégias do box amarelo da pág. 325 e seus conhecimentos de retórica (pág. 325). 


Se você tiver dúvidas, procure-me!

SÁBADO LETIVO - ATIVIDADE 3: PRODUÇÃO DE TEXTO - (15/08)

 

Vamos continuar treinando a argumentação!

Leia o conto abaixo de Machado de Assis.

 

O ENFERMEIRO


Parece-lhe então que o que se deu comigo em 1860, pode entrar numa página de livro? Vá que seja, com a condição única de que não há de divulgar nada antes da minha morte. Não esperará muito, pode ser que oito dias, se não for menos; estou desenganado.

Olhe, eu podia mesmo contar-lhe a minha vida inteira, em que há outras coisas interessantes, mas para isso era preciso tempo, ânimo e papel, e eu só tenho papel; o ânimo é frouxo, e o tempo assemelha-se à lamparina de madrugada. Não tarda o sol do outro dia, um sol dos diabos, impenetrável como a vida. Adeus, meu caro senhor, leia isto e queira-me bem; perdoe-me o que lhe parecer mau, e não maltrate muito a arruda, se lhe não cheira a rosas. Pediu- me um documento humano, ei-lo aqui. Não me peça também o império do Grão-Mogol. nem a fotografia dos Macabeus; peça, porém, os meus sapatos de defunto e não os dou a ninguém mais.

Já sabe que foi em l860. No ano anterior, ali pelo mês de agosto, tendo eu quarenta e dois anos, fiz-me teólogo. - quero dizer, copiava os estudos de teologia de um padre de Niterói, antigo companheiro de colégio, que assim me dava. delicadamente, casa, cama e mesa. Naquele mês de agosto de 1859, recebeu ele uma carta de um vigário de certa vila do interior, perguntando se conhecia pessoa entendida, discreta e paciente, que quisesse ir servir de enfermeiro ao Coronel Felisberto, mediante um bom ordenado. O padre falou- me, aceitei com ambas as mãos, estava já enfarado de copiar citações latinas e fórmulas eclesiásticas. Vim à corte despedir-me de um irmão, e segui para a vila.

Chegando à vila, tive más notícias do coronel. Era homem insuportável, estúrdio, exigente, ninguém o aturava, nem os próprios amigos. Gastava mais enfermeiros que remédios. A dois deles quebrou a cara. Respondi que não tinha medo de gente sã, menos ainda de doentes; e depois de entender-me com o vigário, que me confirmou as notícias recebidas, e me recomendou mansidão e caridade, segui para a residência do coronel.

Achei-o na varanda da casa estirado numa cadeira, bufando muito. Não me recebeu mal. Começou por não dizer nada; pôs em mim dois olhos de gato que observa; depois, uma espécie de riso maligno alumino-lhe as feições. que eram duras. Afinal, disse-me que nenhum dos enfermeiros que tivera, prestava para nada, dormiam muito, eram respondões e andavam ao faro das escravas; dois eram até gatunos!

- Você é gatuno?

- Não, senhor.

Em seguida, perguntou-me pelo nome: disse-lho e ele fez um gesto de espanto. Colombo? Não, senhor: Procópio José Gomes Valongo. Valongo? achou que não era nome de gente, e propôs chamar-me tão-somente Procópio, ao que respondi que estaria pelo que fosse de seu agrado. Conto-lhe esta particularidade, não só porque me parece pintá-lo bem, como porque a minha resposta deu de mim a melhor idéia ao coronel. Ele mesmo o declarou ao vigário, acrescentando que eu era o mais simpático dos enfermeiros que tivera. A verdade é que vivemos uma lua-de-mel de sete dias.

No oitavo dia, entrei na vida dos meus predecessores, uma vida de cão, não dormir, não pensar em mais nada, recolher injúrias, e, às vezes, rir delas, com um ar de resignação e conformidade; reparei que era um modo de lhe fazer corte. Tudo impertinências de moléstia e do temperamento. A moléstia era um rosário delas, padecia de aneurisma, de reumatismo e de três ou quatro afecções menores. Tinha perto de sessenta anos, e desde os cinco toda a gente lhe fazia a vontade. Se fosse só rabugento, vá; mas ele era também mau, deleitava-se com a dor e a humilhação dos outros. No fim de três meses estava farto de o aturar; determinei vir embora; só esperei ocasião.

Não tardou a ocasião. Um dia, como lhe não desse a tempo uma fomentação, pegou da bengala e atirou-me dois ou três golpes. Não era preciso mais; despedi-me imediatamente, e fui aprontar a mala. Ele foi ter comigo, ao quarto, pediu-me que ficasse, que não valia a pena zangar por uma rabugice de velho. Instou tanto que fiquei.

- Estou na dependura, Procópio, dizia-me ele à noite; não posso viver muito tempo. Estou aqui, estou na cova. Você há de ir ao meu enterro, Procópio; não o dispenso por nada. Há de ir, há de rezar ao pé da minha sepultura. Se não for, acrescentou rindo, eu voltarei de noite para lhe puxar as pernas. Você crê em almas de outro mundo. Procópio?

- Qual o quê!

- E por que é que não há de crer, seu burro? redargüiu vivamente, arregalando os olhos.

Eram assim as pazes; imagine a guerra. Coibiu-se das bengaladas; mas as injúrias ficaram as mesmas, se não piores. Eu, com o tempo, fui calejando, e não dava mais por nada; era burro, camelo, pedaço d'asno, idiota, moleirão, era tudo. Nem, ao menos, havia mais gente que recolhesse uma parte desses nomes. Não tinha parentes; tinha um sobrinho que morreu tísico, em fins de maio ou princípios de julho, em Minas. Os amigos iam por lá às vezes aprová-lo, aplaudi-lo, e nada mais; cinco, dez minutos de visita. Restava eu; era eu sozinho para um dicionário inteiro. Mais de uma vez resolvi sair; mas, instado pelo vigário. ia ficando.

Não só as relações foram-se tornando melindrosas, mas eu estava ansioso por tornar à Corte. Aos quarenta e dois anos não é que havia de acostumar-me à reclusão constante, ao pé de um doente bravio, no interior. Para avaliar o meu isolamento, basta saber que eu nem lia os jornais; salvo alguma notícia mais importante que levavam ao coronel, eu nada sabia do resto do mundo. Entendi, portanto, voltar para a Corte, na primeira ocasião, ainda que tivesse de brigar com o vigário. Bom é dizer (visto que faço uma confissão geral) que, nada gastando e tendo guardado integralmente os ordenados, estava ansioso por vir dissipá-los aqui.

Era provável que a ocasião aparecesse. O coronel estava pior, fez testamento, descompondo o tabelião, quase tanto como a mim. O trato era mais duro, os breves lapsos de sossego e brandura faziam-se raros. Já por esse tempo tinha eu perdido a escassa dose de piedade que me fazia esquecer os excessos do doente; trazia dentro de mim um fermento de ódio e aversão. No princípio de agosto resolvi definitivamente sair; o vigário e o médico, aceitando as razões, pediram- me que ficasse algum tempo mais. Concedi-lhes um mês; no fim de um mês viria embora, qualquer que fosse o estado do doente. O vigário tratou de procurar-me substituto.

Vai ver o que aconteceu. Na noite de vinte e quatro de agosto, o coronel teve um acesso de raiva, atropelou-me, disse-me muito nome cru, ameaçou-me de um tiro, e acabou atirando-me um prato de mingau, que achou frio; o prato foi cair na parede, onde se fez em pedaços.

- Hás de pagá-lo, ladrão! bradou ele.

Resmungou ainda muito tempo. Às onze horas passou pelo sono. Enquanto ele dormia, saquei um livro do bolso, um velho romance de d'Arlincourt, traduzido, que lá achei, e pus-me a lê-lo, no mesmo quarto, a pequena distância da cama; tinha de acordá-lo à meia-noite para lhe dar o remédio. Ou fosse de cansaço, ou do livro, antes de chegar ao fim da segunda página adormeci também. Acordei aos gritos do coronel, e levantei-me estremunhado. Ele, que parecia delirar, continuou nos mesmos gritos, e acabou por lançar mão da moringa e arremessá-la contra mim. Não tive tempo de desviar-me; a moringa bateu-me na face esquerda, e tal foi a dor que não vi mais nada; atirei-me ao doente, pus-lhe as mãos ao pescoço, lutamos, e esganei-o.

Quando percebi que o doente expirava, recuei aterrado, e dei um grito; mas ninguém me ouviu. Voltei à cama, agitei-o para chamá-lo à vida, era tarde; arrebentara o aneurisma, e o coronel morreu. Passei à sala contígua, e durante duas horas não ousei voltar ao quarto. Não posso mesmo dizer tudo o que passei, durante esse tempo. Era um atordoamento, um delírio vago e estúpido. Parecia-me que as paredes tinham vultos; escutava uma vozes surdas. Os gritos da vítima, antes da luta e durante a luta, continuavam a repercutir dentro de mim, e o ar, para onde quer que me voltasse, aparecia recortado de convulsões. Não creia que esteja fazendo imagens nem estilo; digo-lhe que eu ouvia distintamente umas vozes que me bradavam: assassino! assassino!

Tudo o mais estava calado. O mesmo som do relógio, lento, igual e seco, sublinhava o silêncio e a solidão. Colava a orelha à porta do quarto na esperança de ouvir um gemido, uma palavra, uma injúria, qualquer coisa que significasse a vida, e me restituísse a paz à consciência. Estaria pronto a apanhar das mãos do coronel, dez, vinte, cem vezes. Mas nada, nada; tudo calado. Voltava a andar à toa, na sala, sentava-me, punha as mãos na cabeça; arrependia-me de ter vindo. - "Maldita a hora em que aceitei semelhante coisa!" exclamava. E descompunha o padre de Niterói, o médico, o vigário, os que me arranjaram um lugar, e os que me pediram para ficar mais algum tempo. Agarrava-me à cumplicidade dos outros homens.

Como o silêncio acabasse por aterrar-me, abri uma das janelas, para escutar o som do vento, se ventasse. Não ventava. A noite ia tranqüila, as estrelas fulguravam, com a indiferença de pessoas que tiram o chapéu a um enterro que passa, e continuam a falar de outra coisa. Encostei-me ali por algum tempo, fitando a noite, deixando-me ir a urna recapitulação da vida, a ver se descansava da dor presente. Só então posso dizer que pensei claramente no castigo. Achei-me com um crime às costas e vi a punição certa. Aqui o temor complicou o remorso. Senti que os cabelos me ficavam de pé. Minutos depois, vi três ou quatro vultos de pessoas, no terreiro, espiando, com um ar de emboscada; recuei, os vultos esvaíram-se no ar; era uma alucinação.

Antes do alvorecer curei a contusão da face. Só então ousei voltar ao quarto. Recuei duas vezes, mas era preciso e entrei; ainda assim, não cheguei logo à cama. Tremiam-me as pernas, o coração batia-me; cheguei a pensar na fuga; mas era confessar o crime, e, ao contrário, urgia fazer desaparecer os vestígios dele. Fui até a cama; vi o cadáver, com os olhos arregalados e a boca aberta, como deixando passar a eterna palavra dos séculos: "Caim, que fizeste de teu irmão?" Vi no pescoço o sinal das minhas unhas; abotoei alto a camisa e cheguei ao queixo a ponta do lençol. Em seguida, chamei um escravo, disse-lhe que o coronel amanhecera morto; mandei recado ao vigário e ao médico.

A primeira idéia foi retirar-me logo cedo, a pretexto de ter meu irmão doente, e, na verdade, recebera carta dele, alguns dias antes, dizendo-me que se sentia mal. Mas adverti que a retirada imediata poderia fazer despertar suspeitas, e fiquei. Eu mesmo amortalhei o cadáver, com o auxílio de um preto velho e míope. Não saí da sala mortuária; tinha medo de que descobrissem alguma coisa. Queria ver no rosto dos outros se desconfiavam; mas não ousava fitar ninguém. Tudo me dava impaciências: os passos de ladrão com que entravam na sala, os cochichos, as cerimônias e as rezas do vigário. Vindo a hora, fechei o caixão, com as mãos trêmulas, tão trêmulas que uma pessoa, que reparou nelas, disse a outra com piedade:

- Coitado do Procópio! apesar do que padeceu, está muito sentido.

Pareceu-me ironia; estava ansioso por ver tudo acabado. Saímos à rua. A passagem da meia-escuridão da casa para a claridade da rua deu-me grande abalo; receei que fosse então impossível ocultar o crime. Meti os olhos no chão, e fui andando. Quando tudo acabou, respirei. Estava em paz com os homens. Não o estava com a consciência, e as primeiras noites foram naturalmente de desassossego e aflição. Não é preciso dizer que vim logo para o Rio de Janeiro, nem que vivi aqui aterrado, embora longe do crime; não ria, falava pouco, mal comia, tinha alucinações, pesadelos...

- Deixa lá o outro que morreu, diziam-me. Não é caso para tanta melancolia.

E eu aproveitava a ilusão, fazendo muitos elogios ao morto, chamando-lhe boa criatura, impertinente, é verdade, mas um coração de ouro. E, elogiando, convencia-me também, ao menos por alguns instantes. Outro fenômeno interessante, e que talvez lhe possa aproveitar, é que, não sendo religioso, mandei dizer uma missa pelo eterno descanso do coronel, na igreja do Sacramento. Não fiz convites, não disse nada a ninguém; fui ouvi-la, sozinho, e estive de joelhos todo o tempo, persignando-me a miúdo. Dobrei a espórtula do padre, e distribuí esmolas à porta, tudo por intenção do finado. Não queria embair os homens; a prova é que fui só. Para completar este ponto, acrescentarei que nunca aludia ao coronel, que não dissesse: "Deus lhe fale n'alma!" E contava dele algumas anedotas alegres, rompantes engraçados...

Sete dias depois de chegar ao Rio de Janeiro, recebi a carta do vigário, que lhe mostrei, dizendo-me que fora achado o testamento do coronel, e que eu era o herdeiro universal. Imagine o meu pasmo. Pareceu-me que lia mal, fui a meu irmão, fui aos amigos; todos leram a mesma coisa. Estava escrito; era eu o herdeiro universal do coronel. Cheguei a supor que fosse uma cilada; mas adverti logo que havia outros meios de capturar-me, se o crime estivesse descoberto. Demais, eu conhecia a probidade do vigário, que não se prestaria a ser instrumento. Reli a carta, cinco, dez, muitas vezes; lá estava a notícia.

- Quanto tinha ele? perguntava-me meu irmão.

- Não sei, mas era rico.

- Realmente, provou que era teu amigo.

- Era... Era...

Assim, por uma ironia da sorte, os bens do coronel vinham parar às minhas mãos. Cogitei em recusar a herança. Parecia-me odioso receber um vintém do tal espólio; era pior do que fazer-me esbirro alugado. Pensei nisso três dias, e esbarrava sempre na consideração de que a recusa podia fazer desconfiar alguma coisa. No fim dos três dias, assentei num meio-termo; receberia a herança e dá-la-ia toda, aos bocados e às escondidas. Não era só escrúpulo; era também o modo de resgatar o crime por um ato de virtude; pareceu-me que ficava assim de contas saldas.

Preparei-me e segui para a vila. Em caminho, à proporção que me ia aproximando, recordava o triste sucesso; as cercanias da vila tinham um aspecto de tragédia, e a sombra do coronel parecia-me surgir de cada lado. A imaginação ia reproduzindo as palavras, os gestos, toda a noite horrenda do crime...

Crime ou luta? Realmente, foi uma luta em que eu, atacado, defendi-me, e na defesa... Foi uma luta desgraçada, uma fatalidade. Fixei-me nessa idéia. E balanceava os agravos, punha no ativo as pancadas, as injúrias... Não era culpa do coronel, bem o sabia, era da moléstia, que o tornava assim rabugento e até mau... Mas eu perdoava tudo, tudo... O pior foi a fatalidade daquela noite... Considerei também que o coronel não podia viver muito mais; estava por pouco; ele mesmo o sentia e dizia. Viveria quanto? Duas semanas, ou uma; pode ser até que menos. Já não era vida, era um molambo de vida, se isto mesmo se podia chamar ao padecer contínuo do pobre homem... E quem sabe mesmo se a luta e a morte não foram apenas coincidentes? Podia ser, era até o mais provável; não foi outra coisa. Fixei-me também nessa idéia...

Perto da vila apertou-se-me o coração, e quis recuar; mas dominei- me e fui. Receberam-me com parabéns. O vigário disse-me as disposições do testamento, os legados pios, e de caminho ia louvando a mansidão cristã e o zelo com que eu servira ao coronel, que, apesar de áspero e duro, soube ser grato.

- Sem dúvida, dizia eu olhando para outra parte.

Estava atordoado. Toda a gente me elogiava a dedicação e a paciência. As primeiras necessidades do inventário detiveram-me algum tempo na vila. Constituí advogado; as coisas correram placidamente. Durante esse tempo, falava muita vez do coronel. Vinham contar-me coisas dele, mas sem a moderação do padre; eu defendia-o, apontava algumas virtudes, era austero...

- Qual austero! Já morreu, acabou; mas era o diabo.

E referiam-me casos duros, ações perversas, algumas extraordinárias. Quer que lhe diga? Eu, a princípio, ia ouvindo cheio de curiosidade; depois, entrou-me no coração um singular prazer, que eu, sinceramente buscava expelir. E defendia o coronel, explicava-o, atribuía alguma coisa às rivalidades locais; confessava, sim, que era um pouco violento... Um pouco? Era uma cobra assanhada, interrompia-me o barbeiro; e todos, o coletor, o boticário, o escrivão, todos diziam a mesma coisa; e vinham outras anedotas, vinha toda a vida do defunto. Os velhos lembravam-se das crueldades dele, em menino. E o prazer íntimo, calado, insidioso, crescia dentro de mim, espécie de tênia moral, que por mais que a arrancasse aos pedaços, recompunha-se logo e ia ficando.

As obrigações do inventário distraíram-me; e por outro lado a opinião da vila era tão contrária ao coronel, que a vista dos lugares foi perdendo para mim a feição tenebrosa que a princípio achei neles. Entrando na posse da herança, converti-a em títulos e dinheiro. Eram então passados muitos meses, e a idéia de distribuí-la toda em esmolas e donativos pios não me dominou como da primeira vez; achei mesmo que era afetação. Restringi o plano primitivo; distribuí alguma coisa aos pobres, dei à matriz da vila uns paramentos novos, fiz uma esmola à Santa Casa da Misericórdia, etc.: ao todo trinta e dois contos. Mandei também levantar um túmulo ao coronel, todo de mármore, obra de um napolitano, que aqui esteve até 1866, e foi morrer, creio eu, no Paraguai.

Os anos foram andando, a memória tornou-se cinzenta e desmaiada. Penso às vezes no coronel, mas sem os terrores dos primeiros dias. Todos os médicos a quem contei as moléstias dele, foram acordes em que a morte era certa, e só se admiravam de ter resistido tanto tempo. Pode ser que eu, involuntariamente, exagerasse a descrição que então lhes fiz; mas a verdade é que ele devia morrer, ainda que não fosse aquela fatalidade...

Adeus, meu caro senhor. Se achar que esses apontamentos valem alguma coisa, pague-me também com um túmulo de mármore, ao qual dará por epitáfio esta emenda que faço aqui ao divino sermão da montanha: "Bem-aventurados os que possuem, porque eles serão consolados."

 

Fonte: Contos Consagrados - Machado de Assis - Coleção Prestigio - Ediouro - s/d.

 

Questão

 

Agora, produza um parágrafo argumentativo acerca do comportamento do personagem Procópio José.


Se tiver dúvidas, estou à disposição! 

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