Nas trilhas do texto
Para iniciarmos o estudo sobre os verbos, leia e
observe como as diferentes formas do verbo passar exercem uma função
importante na construção dos sentidos dos versos a seguir.
Da morte
Hilda
Hilst
Passará
Tem passado
Passa com a fina faca.
Tem
nome de ninguém
Não faz ruído. Não fala. [...]
HILST, Hilda. Da morte. Odes mínimas. São Paulo: Globo, 2003. p. 72.
Zansky
Página
228
Hilda Hilst (1930-2004) nasceu em Jaú (SP) e faleceu em Campinas
(SP). Em 1948, entrou para a Faculdade de Direito da USP, formando-se em 1952.
Em 1966, mudou-se para a Casa do Sol, uma chácara próxima a Campinas, onde
residia e hospedava amigos e escritores. Dedicava todo o seu tempo à criação
literária. Poeta, dramaturga e ficcionista, Hilda Hilst foi agraciada com
alguns dos mais importantes prêmios literários do país e teve seus textos
traduzidos para o francês, o inglês, o italiano e o alemão. Dentre suas obras
poéticas, destacam-se Presságio (1950), Balada
de Alzira (1951), Sete cantos do poeta para o anjo (1962), Da
morte. Odes mínimas (1980), Cantares de perda e predileção (1980), Sobre
a tua grande face (1986), Alcoólicas (1990), Amavisse (1989), Bufólicas (1992), Do desejo (1992), Cantares do sem nome e de partidas (1995) e Do
amor (1999). Em sua prosa destacam-se Fluxo – Floema (1970), Qadós (1973), Ficções (1977), A obscena senhora D (1982), O caderno rosa de Lory Lambi (1990), Rútilo
nada (1993), Estar sendo, ter sido (1997) e Cascos
e carícias: crônicas reunidas/1992-1995 (1998).
Daniel
Klein
1
A que fenômeno se refere a expressão fina
faca nos versos da página anterior?
2
Que outros versos do poema se relacionam
a esse mesmo referente?
3
O que o uso da forma verbal passará no
futuro sugere?
4
O que as formas verbais tem
passado e passa expressam?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.