segunda-feira, 29 de junho de 2020

Semana 12 - 3º ano - Ensino Médio -UE Prof. Tomaz de Arêa Leão Filho

ATIVIDADES PARA A SEMANA 12

 

Bom dia, alunos!! 
Como estão todos vocês? 
Espero que estejam cuidando-se e estudando também! 😊


COPIE AS QUESTÕES E RESPONDA-AS EM SEU CADERNO.

 

Atenção: Este material é composto de atividades para esta semana. Cada uma delas corresponde a um dia da semana.

 

ATIVIDADE 1: LITERATURA (TERÇA-FEIRA, 30/06)


Vamos falar sobre o Modernismo em Portugal

Assista à videoaula a seguir para compreender o conteúdo: 






Caso não consiga ver o vídeo acima, clique aqui https://www.youtube.com/watch?v=ey_ihqasH-c

Leia a seção Panorama que fala sobre o Modernismo em Portugal (pág.107 e 108).

Responda as questões das pág. 108 até 110 (questões de 1 até 4).

Caso tenha alguma dúvida, não hesite em perguntar. 

Semana 12 - 2º ano - Ensino Médio -UE Prof. Tomaz de Arêa Leão Filho

ATIVIDADES PARA A SEMANA 12

 

Bom dia, alunos!! 
Como estão todos vocês? 
Espero que estejam cuidando-se e estudando também! 😊


COPIE AS QUESTÕES E RESPONDA-AS EM SEU CADERNO.

 

Atenção: Este material é composto de atividades para esta semana. Cada uma delas corresponde a um dia da semana.

 

ATIVIDADE 1: LITERATURA (TERÇA-FEIRA, 30/06)


Para enriquecer seus conhecimentos, assista ao vídeo abaixo com o poema recitado: 

Caso não consiga assistir ao vídeo acima, clique aqui:

Agora, leia o poema Se eu morresse amanhã de Álvares de Azevedo (pág. 123).


Responda a atividade da pág. 124.
Se tiver dúvidas, não hesite em perguntar no grupo ou no meu PV!

Semana 12 - 1º ano - Ensino Médio -UE Prof. Tomaz de Arêa Leão Filho

ATIVIDADES PARA A SEMANA 12

 

Bom dia, alunos!! 
Como estão todos vocês? 
Espero que estejam cuidando-se e estudando também! 😊


COPIE AS QUESTÕES E RESPONDA-AS EM SEU CADERNO.

 

Atenção: Este material é composto de atividades para esta semana. Cada uma delas corresponde a um dia da semana.

 

ATIVIDADE 1: LITERATURA (TERÇA-FEIRA, 30/06)

 


Hoje vamos continuar estudando o Realismo Fantástico! Para isso, releia a seção Panorama: O realismo fantástico ou realismo mágico. (Pág. 139)


Para complementar seus conhecimentos, assista à videoaula:


Se não conseguir assistir ao vídeo acima, clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Q6MpSHmsbx0


Agora para testar seus conhecimentos, responda a atividade pág. 142 e 143 (questões 5, 6 e 7).

Se houver dúvidas, podem perguntar no nosso grupo!

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Semana 11 - 3º ano - Ensino Médio -UE Prof. Tomaz de Arêa Leão Filho

ATIVIDADES PARA A SEMANA 11

 

COPIE AS QUESTÕES E RESPONDA-AS EM SEU CADERNO.

 

Atenção: Este material é composto de atividades para a segunda quinzena de junho. Cada uma delas corresponde a um dia da semana. 



ATIVIDADE 1: LITERATURA - (TERÇA-FEIRA, 23/06)



 

Leia o poema Amar de Flor Bela Espanca (Pág. 101).

Responda as questões da pág. 102 (todas as 3 questões).


Semana 11 - 2º ano - Ensino Médio -UE Prof. Tomaz de Arêa Leão Filho

ATIVIDADES PARA A SEMANA 11

 

COPIE AS QUESTÕES E RESPONDA-AS EM SEU CADERNO.

 

Atenção: Este material é composto de atividades para a segunda quinzena de junho. Cada uma delas corresponde a um dia da semana.


ATIVIDADE 1: LITERATURA - (TERÇA-FEIRA, 23/06)

 

Leia o poema I-Juca Pirama de Gonçalves Dias (pág. 118 e 119).

Responda a atividade das páginas 120 até a 122 (questões de 1 até 8).

 

Semana 11 - 1º ano - Ensino Médio -UE Prof. Tomaz de Arêa Leão Filho

ATIVIDADES PARA A SEMANA 11

 

COPIE AS QUESTÕES E RESPONDA-AS EM SEU CADERNO.

 

Atenção: Este material é composto de atividades para a segunda quinzena de junho. Cada uma delas corresponde a um dia da semana.


ATIVIDADE 1: LITERATURA - (TERÇA-FEIRA, 23/06)

 

Assista à videoaula sobre  O realismo fantástico ou realismo mágico.



Se não conseguir assistir ao vídeo acima, clique aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=pvdUVZbnItM


Leitura da seção Panorama: O realismo fantástico ou realismo mágico. (Pág. 139)

Atividade pág. 140 e 141 (1 até a 4).


segunda-feira, 15 de junho de 2020

Semana 10 - 3º ano - Ensino Médio -UE Prof. Tomaz de Arêa Leão Filho

ATIVIDADES PARA A SEMANA 10

 

COPIE AS QUESTÕES E RESPONDA-AS EM SEU CADERNO.

 

Atenção: Este material é composto de atividades para a segunda quinzena de junho. Cada uma delas corresponde a um dia da semana.

 

ATIVIDADE 1: LITERATURA (TERÇA-FEIRA, 16/06)

 

Leia o poema Cântico Negro de José Régio (pág. 99 e 100).



Se não conseguir assistir ao vídeo acima, clique neste link 👉  
https://www.youtube.com/watch?v=Rj9tzXB-iK4


Responda a pág. 100 e 101 (1ª até a 4ª questão).


                    ATIVIDADE 2: GRAMÁTICA (QUARTA-FEIRA, 17/06)

Analise os anúncios de campanha publicitária das pág. 230 e 231.

Responda a atividade da pág. 231 (TODAS as 7 questões).


7º ano - TARDE

AULA DE HOJE:
SUJEITO E PREDICADO


Assista à videoaula abaixo para responder o que se pede:




Se não conseguiu ver o vídeo acima, clique aqui:  https://www.youtube.com/watch?v=5mfxtaM-r98&feature=youtu.be


Responda as questões abaixo 


* Leia a tirinha:




1.       1. Por que Calvin está irritado?

2.      2. Como sua mãe tenta ajudá-lo?

3.      3. Quem é o sujeito da oração:

a)      “Esta torrada está queimada?!”?

 

b)      “Você está insinuando que a torradeira não fez isso de propósito comigo?”?

 

4.       4. Leia estas orações:

I.                    Calvin não prestou atenção na torradeira.

II.                  “Eu não consigo comer isto”.

 

a)      Qual é o sujeito de cada oração?

 

b)      E o predicado? 

Até a próxima! 😏😏

Semana 10 - 2º ano - Ensino Médio -UE Prof. Tomaz de Arêa Leão Filho

 

ATIVIDADES PARA A SEMANA 10

 

COPIE AS QUESTÕES E RESPONDA-AS EM SEU CADERNO.

 

Atenção: Este material é composto de atividades para a segunda quinzena de junho. Cada uma delas corresponde a um dia da semana.

 

ATIVIDADE 1: LITERATURA (TERÇA-FEIRA, 16/06)

 

 

Releia o poema Canção do Exílio de Gonçalves Dias (pág. 115) em seguida, assista o comentário do poema:




Se não conseguir ver o vídeo acima, 

Responda a atividade da pág. 116 e 117 (1ª até a 8ª).

Semana 10 - 1º ano - Ensino Médio -UE Prof. Tomaz de Arêa Leão Filho

 

ATIVIDADES PARA A SEMANA 10

 

COPIE AS QUESTÕES E RESPONDA-AS EM SEU CADERNO.

 

Atenção: Este material é composto de atividades para a segunda quinzena de junho. Cada uma delas corresponde a um dia da semana.

 

ATIVIDADE 1: LITERATURA (TERÇA-FEIRA, 16/06)




 

Leitura do texto A Jangada de Pedra de José Saramago (Pág. 138 e 137).

Atividade da pág. 138 (questões de 1 a 7).

7º ano C e D

Aula de hoje: texto narrativo 

Leia o texto abaixo para responder o que se pede:

O irmão imaginário

                                                         Moacyr Scliar

 

    Até os nove anos, Paulinho foi filho único. Filho único e muito amado. Os pais não eram ricos - o pai era mecânico, a mãe trabalhava como caixa num supermercado -, mas cuidavam do menino com o maior carinho; colocaram-no numa boa escola, compravam-lhe roupas, brinquedos, livros. Era como se quisessem indenizá-lo pelo fato de ser filho único.

        Paulinho não sabia porque os pais não haviam lhe dado um irmão ou uma irmã. Algum problema havia; muitas vezes surpreendia os dois sentados lado a lado na sala, muito tristes, a mãe frequentemente com os olhos vermelhos de choro. Nas poucas vezes que perguntou a respeito, recebeu respostas evasivas; logo se deu conta de que aquele era um assunto difícil, sobre o qual não poderia falar.

        Mas a verdade é que, mesmo tendo amigos - e ele tinha muitos amigos na vizinhança - Paulinho sentia-se só. Precisava de companhia. Precisava de um irmão com quem pudesse partilhar suas dúvidas, suas aflições, seus sonhos também.

        Acabou por criar um irmão imaginário.

        Chamava-se Joel. Porque escolhera esse nome, não saberia dizer; ocorrera-lhe de repente, e pronto, Joel passara a existir. Mas não morava na casa, junto com a família; com tábuas e lona, Paulinho construiu para ele uma cabana, no fundo do pátio. Era uma cabana pequena, mas servia bem: como Paulinho, Joel era pequeno e magro. Na verdade os dois eram idênticos, quase como se fossem gêmeos.

        Todos os dias Paulinho visitava Joel. Entrava na cabana escura e ali ficava, sentado ao lado do irmão imaginário. Falava horas; contava coisas sobre os pais, sobre os amigos, sobre a escola... Era um monólogo, porque Joel nunca respondia. Não era preciso; tudo o que Paulinho queria do irmão imaginário era que ele o ouvisse. E tinha certeza de que Joel era um ouvinte atento, como um verdadeiro irmão deve ser. Atento e inspirador: Paulinho fazia-lhe uma pergunta - e de imediato a resposta lhe ocorria. E era sempre a resposta certa, a resposta confortadora.

        Vários anos se passaram assim. Anos felizes, mas com momentos de apreensão. Cada vez que caía um temporal, por exemplo, Paulinho entrava em pânico: como estaria o Joel em sua cabana? Não estaria assustado, molhado de chuva? Não foi uma nem duas noite que correu para o fundo do pátio, debaixo do aguaceiro, para se certificar de que estava tudo bem, que a cabana continuava no lugar.

        Os pais não desconfiavam de nada. Achavam que a cabana era um lugar de brinquedo do filho, só isso. Paulinho nunca lhes falou do irmão imaginário; era um segredo dele, não podia ser partilhado.

        Mas então um dia aconteceu. Poucos dias antes de Paulinho completar dez anos, os pais o chamaram. Vacilando muito, o pai lhe disse que, durante todos aqueles anos, eles tinham tentado dar ao filho um irmão ou uma irmã, mas por vários problemas não o haviam conseguido. Agora, porém, tinham chegado a uma decisão:

        Paulinho ganharia, sim, um irmão. Adotivo.

        ---Até pensamos num nome - disse a mãe, emocionada. - Um nome do qual sempre gostamos. Mas caberá a você decidir. O que você acha de chamarmos seu irmãozinho de Joel?

        Os olhos cheios de lágrimas, Paulinho fez que sim com a cabeça. Mais tarde, foi até a cabana. Entrou, contou o que havia sucedido ao irmão imaginário. Que, como de costume, nada disse. Mas quando Paulinho estava saindo, ouviu uma voz sussurrando baixinho:

        ---Seja feliz, Paulinho, com seu irmão.

        E nesse momento ele teve a certeza de que seria feliz, muito feliz, com o irmão Joel.



Clique aqui 👇para aprender mais sobre os elementos da narrativa: 




Copie e responda  a atividade no caderno. 

Atividade 

1. Do que trata o texto lido? 

2. Que problema vive o personagem do texto? 

3. Quem são:
a) Os personagens do texto?

b) O narrador do texto? 

Até a próxima!





6º ANO C- TARDE



Aula de hoje: Poema 










Leia o poema abaixo:


O circo, o menino e a vida


A moça do arame

equilibrando a sombrinha
era de uma beleza instantânea e FULGURANTE!
A moça do arame ia deslizando e despindo-se.
Lentamente.
Só pra judiar.
E eu com os olhos cada vez mais arregalados
até parecerem dois pires:
Meu tio dizia:
"Bobo!
Não sabes
que elas trazem uma roupa de malha por baixo?"
(Naqueles voluptuosos tempos não havia maiôs nem biquínis...)


Sim! Mas toda a deliciante angústia dos meus olhos virgens
segredava-me
sempre:
"Quem sabe?..."


Eu tinha oito anos e sabia esperar.

Agora não sei esperar mais nada
Desta nem da outra vida,
No entanto
o menino
(que não sei como insiste em não morrer em mim)
ainda e sempre
apesar de tudo
apesar de todas as desesperanças,
o menino
às vezes
segreda-me baixinho
"Titio, quem sabe?..."

Ah meus Deus, essas crianças

Em: Quintana, Mário, Nariz de Vidro, São Paulo,Ed.Moderna,2017,págs.10-11.



Ouça o podcast do poema acima:
(Clique no vídeo abaixo 👇 e aguarde um pouco para ele abrir)

Agora preste atenção ao comentário sobre o poema lido:

(Clique no vídeo abaixo 👇 e aguarde um pouco para ele abrir)




QUESTÕES 

1. Pesquise o significado das palavras em destaque:

a) “era de uma beleza instantânea e FULGURANTE!”



b) “A moça do arame ia deslizando e DESPINDO-se”.



2. Sobre o poema, quantas estrofes há ao todo?


3. qual é a outra vida a qual o eu lírico se refere? 


Até a próxima aula!

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Semana 9 - 3º ano - Ensino Médio -UE Prof. Tomaz de Arêa Leão Filho

ATIVIDADES PARA A SEMANA 9

 

COPIE AS QUESTÕES E RESPONDA-AS EM SEU CADERNO.

 

Atenção: Este material é composto de atividades para a primeira quinzena de junho. Cada uma delas corresponde a um dia da semana.

 

ATIVIDADE 1: LITERATURA - (TERÇA-FEIRA, 09/06)

 


Assista à declamação do poema FIM, abaixo.




  

LEIA o poema Fim de Mário de Sá Carneiro (pág. 97).

FIM

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza:
A um morto nada se recusa,
E eu quero por força ir de burro!...

(Retirado do site: https://www.escritas.org/pt/t/2521/fim)




RESPONDA as questões da pág. 98.

 

Semana 9 - 2º ano - Ensino Médio -UE Prof. Tomaz de Arêa Leão Filho

ATIVIDADES PARA A SEMANA 9

 

COPIE AS QUESTÕES E RESPONDA-AS EM SEU CADERNO.

 

Atenção: Este material é composto de atividades para a primeira quinzena de junho. Cada uma delas corresponde a um dia da semana.


ATIVIDADE 1: LITERATURA - (TERÇA-FEIRA, 09/06)

 

Sobre o Romantismo LEIA a seção Panorama (pág. 112 até a 114). Leia também a Canção do Exílio (pág. 115).

  1. RESPONDA A QUESTÃO A SEGUIR:

Para responder à questão, analisar as afirmativas que seguem, sobre o texto.

I. Através do texto, o poeta realiza uma viagem introspectiva a sua terra natal - ideia reforçada pelo emprego do verbo "cismar".
II. A exaltação à pátria perdida se dá pela referência a elementos culturais.
III. "Cá" e "lá" expressam o local do exílio e o Brasil, respectivamente.
IV. O pessimismo do poeta, característica determinante do Romantismo, expressa-se pela saudade da sua terra.

Pela análise das afirmativas, conclui-se que estão corretas:

(A) a I e a II, apenas;

(B)  a I e a III, apenas;

(C)  a II e a IV, apenas;

(D) a III e a IV, apenas;

(E)  a I, a II, a III e a IV.

  1. Agora justifique sua resposta à questão anterior. 

 


                   ATIVIDADE 2: GRAMÁTICA - (QUARTA-FEIRA, 10/06)

                                                                      



Abra seu livro na seção Panorama (pág. 242 e 243) e LEIA Advérbios e locuções adverbiais.









RESPONDA a questão seguinte: 

Observe a tirinha Garfield, de Jim Davis, e assinale a alternativa correta:

A locução adverbial com certeza é formada pela preposição com + o nome certeza 



I. A locução adverbial com certeza, no segundo e no terceiro quadrinho, pode ser substituída pelo advérbio certamente sem qualquer prejuízo de sentido.

II. A expressão com certeza exerce função de adjunto adverbial, pois está modificando o sentido de um verbo.

III. As locuções adverbiais são, em sua maioria, iniciadas por uma conjunção e acrescidas de um substantivo, um advérbio ou adjetivo.

IV. A locução adverbial com certeza é classificada como locução adverbial afirmativa.

a) Todas estão corretas.

b) I, II e IV estão corretas.

c) II e III estão corretas.

d) I e III estão corretas.

e) II, III e IV estão corretas.


 

Semana 9 - 1º ano - Ensino Médio -UE Prof. Tomaz de Arêa Leão Filho

ATIVIDADES PARA A SEMANA 9

 

COPIE AS QUESTÕES E RESPONDA-AS EM SEU CADERNO.

 

Atenção: Este material é composto de atividades para a primeira quinzena de junho. Cada uma delas corresponde a um dia da semana. 

ATIVIDADE 1: LITERATURA - (TERÇA-FEIRA, 09/06)

 

Leia o texto A Carteira de Crocodilo de Mia Couto (pág. 132) para responder as questões de 1 a 5 (pág. 134)


 A Carteira de Crocodilo

 



A Senhora Dona Francisca Júlia Sacramento, esposa do governador-geral, excelenciava-se pelos salões, em beneficentes chás e filantrópicas canastas. Exibia a carteirinha que o marido lhe trouxera das outras Áfricas, toda em substância de pele de crocodilo. As amigas se raspavam de inveja, incapazes de disfarce. Até a bílis lhes escorria pelos olhos. Motivadas pela desfaçatez, elas comentavam: o bichonho, assim tão desfolhado, não teria sofrido imensamente? Tal dermificina não seria contra os católicos mandamentos?



– E com o problema das insolações, o bicho, assim esburacado, apanhando em cheio os ultravioletas…

– Cale-se, Clementina- .

Mas o governador Sacramento também se havia contemplado a ele mesmo. Adquirira um par de sapatos feitos com pele de cobra. O casal calçava do reino animal, feitos pássaros que têm os pés cobertos de escamas. Certo dia, uma das nobres damas trouxe a catastrágica novidade. O governador-geral contraíra grave e irremediável viuvez. A esposa, coitada, fora comida inteira, incluído corpo, sapatos, colares e outros anexos.

– Foi comida mas… pelo mando, supõe-se?

– Cale-se, Clementina- .

Mas qual marido? Tinha sido o crocodilo, o monstruoso carnibal. Que horror, com aqueles dentes capazes de arrepiar tubarões.

– Um crocodilo no Palácio?

– Clemente-se, Clementina- .

O monstro de onde surgira? Imagine-se, tinha emergido da carteira, transfigurado, reencarnado, assombrado. Acontecera em instantâneo momento: a malograda ia tirar algo da mala e sentiu que ela se movia, esquiviva. Tentou assegurá-la: tarde e de mais. Foi só tempo de avistar a dentição triangulosa, língua amarela no breu da boca. No resto, os testemunhadores nem presenciaram. O sáurio se eminenciou a olhos imprevistos.

E o governador, sob o peso da desgraça? O homem ia de rota abatida. Lágrimas catarateavam pelo rosto. O dirigente recebeu o desfile das condolências. Vieram íntimos e ilustres. A todos ele cumprimentou, reservado, invisivelmente emocionado. Os visitantes se juntaram no nobre salão, aguardando palavras do dirigente. O governador avançou para o centro e anunciou não o luto mas, espantem-se cristãos, a inadiável condecoração d crocodilo. Em nome da protecção das espécies, explicou. A bem da ecologia faunística, acrescentou.

No princípio, houve relutâncias, demoras no entendimento. Mas logo os aplausos abafaram as restantes palavras. O que sucedeu, então, foi o inacreditável. O governador Sacramento suspendeu a palavra e espreitou o chão que o sustinha. Pedindo urgentes desculpas ele se sentou no estrado e se apressou a tirar os sapatos. Entre a audiência ainda alguém vaticinou:

– Vai ver que os sapatos se convertem em cobra…

– Clementina!-

Sucedeu exactamente o inverso. O ilustre nem teve tempo de desapertar os atacadores. Perante um espanto ainda mais geral que o título do governador, se viu o honroso indignitário a converter-se em serpente. Começou pela língua, afilada e bífida, em rápidas excursões da boca. Depois, se lhe extinguiram os quase totais membros, o homem, todo ele, um tronco em flor. Caiu desamparado no mármore do palácio e ainda se ouviu seu grito:

– Ajudem-me!-

Ninguém, porém, avivou músculo que fosse. Porque, logo e ali, o mutante mutilado, em total mutismo, se começou a enredar pelo suporte do microfone. Enquanto serpenteava pelo ferro ele se desnudava, libertadas as vestes como se foram uma desempregada pele. O governador finalizava elegâncias de cobra. O ofídio se manteve hasteado no microfone, depois largou-se. Quando se aguardava que se desmoronasse, afinal, o governador encobrado desatou a caminhar. Porque de humano lhe restavam apenas os pés, esses mesmos que ele cobrira de ornamento serpentífero.

– Não aplauda, Clementina, por amor de Deus!

Falas do velho tuga

Quer que eu lhe fale de mim, quer saber de um velho asilado que nem sequer é capaz de se mexer da cama? Sobre mim sou o menos indicado para falar. E sabe porquê? Porque estranhas névoas me afastaram de mim. E agora, que estou no final de mim, não recordo ter nunca vivido.

Estou deitado neste mesmo leito há cinco anos. As paredes em volta parecem já forrar a minha inteira alma. Já nem distingo corpo do colchão. Ambos têm o mesmo cheiro, a mesma cor: o cheiro e cor da morte. Morrer, para mim, sempre foi o grande acontecimento, a surpresa súbita. Afinal, não me coube tal destino. Vou falecendo nesta grande mentira que é a imobilidade.

Também eu amei uma mulher. Foi há tempo distante. Nessa altura, eu receava o amor. Não sei se temia a palavra ou o sentimento. Se o sentimento me parecia insuficiente, a palavra soava a demasiado. Eu a desejava, sim, ela inteira, sexo e anjo, menina e mulher. Mas tudo isso foi noutro tempo, ela era ainda de tenrinha idade.

Este lugar é a pior das condenações. Já nem as minhas lembranças me acompanham. Quando eu chamo por elas me ocorrem pedaços rasgados, cacos desencontrados. Eu quero a paz de pertencer a um só lugar, a tranquilidade de não dividir memórias. Ser todo de uma vida. E assim ter a certeza que morro de uma só única vez. Mas não: mesmo para morrer sofro de incompetências. Eu deveria ser generoso a ponto de me suicidar. Sem chamar morte nem violentar o tempo. Simplesmente deixarmos a alma escapar por uma fresta.

Ainda há dias um desses rasgões me ocorreu por dentro. É que me surgiu, mais forte que nunca, esse pressentimento de que alguém me viria buscar. Fiquei a noite às claras, meus ouvidos esgravatando no vão escuro. E nada, outra vez nada. Quando penso nisso um mal-estar me atravessa. Sinto frio mas sei que estamos no pico do Verão. Tremuras e arrepios me sacodem. Me recordo da doença que me pegou mal cheguei a este continente.

África: comecei a vê-la através da febre. Foi há muitos anos, num hospital da pequena vila, mal eu tinha chegado. Eu era já um funcionário de carreira, homem feito e preenchido. Estava preparado para os ossos do ofício mas não estava habilitado às intempéries do clima. Os acessos da malária me sacudiam na cama do hospital apenas uma semana após ter desembarcado. As tremuras me faziam estranho efeito: eu me separava de mim como duas placas que se descolam à força de serem abanadas.

Em minha cabeça, se formavam duas memórias. Uma, mais antiga, se passeava em obscura zona, olhando os mortos, suas faces frias. A outra parte era nascente, reluzcente, em estreia de mim. Graças à mais antiga das doenças, em dia que não sei precisar, tremendo de suores, eu dava à luz um outro ser, nascido de mim.

Fiquei ali, na enfermaria penumbrosa, intermináveis dias. Uma estranha tosse me sufocava. Da janela me chegavam os brilhos da vida, os cantos dos infinitos pássaros. Estar doente num lugar tão cheio de vida me doía mais que a própria doença.

Foi então que eu vi a moça. Branca era a bata em contraste com a pele escura: aquela visão me despertava apetites no olhar. Ela se chamava Custódia. Era esta mesma Custódia que hoje está connosco. Na altura, ela não era mais que uma menina, recém-saída da escola. Eu não podia adivinhar que essa mulher tão jovem e tão bela me fosse acompanhar até ao final dos meus dias. Foi a minha enfermeira naqueles penosos dias. A primeira mulher negra que me tocava era uma criatura meiga, seus braços estendiam uma ponte que vencia os mais escuros abismos.

Todas as tardes ela vinha pelo corredor, os botões do uniforme desapertados, não era a roupa que se desabotoava, era a mulher que se entreabria. Ou será que por não ver mulher há tanto tempo eu perdera critério e até uma negra me porventurava? Me admirava a secura daquela pele, 0 gesto cheio de sossegos, educado para maternidades. Enquanto rodava pelo meu leito eu tocava em seu corpo. Nunca acariciara tais carnes: polposas mas duras, sem réstia de nenhum excesso.

Os dias passavam, as maleitas se sucediam. Até que, numa tarde, me assaltou um vazio como se não houvesse mundo. Ali estava eu, na despedida de ninguém. Olhei a janela: um pássaro, pousado no parapeito, recortava o poente. Foi nesse pôr do Sol que Custódia, a enfermeira, se aproximou. Senti seus passos, eram passadas delicadas, de quem sabe do chão por andar sempre descalço.

– Eu tenho um remédio- , disse Custódia. – _É um medicamento que usamos na nossa raça. O Senhor Fernandes quer ser tratado dessa maneira?

– Quero.

– Então, hoje de noite lhe venho buscar- .

E saiu, se apagando na penumbra do corredor. Como em caixilho de sombra a sua figura se afastava, imóvel como um retrato. Na janela, o pássaro deixou de se poder ver. Adormeci, doído das costas, a doença já tinha aprisionado todo meu corpo. Acordei com um sobressalto. Custódia me vestia uma bata branca, bastante hospitalar.

– Onde vamos?

– Vamos- .

E fui, sem mais pergunta, tropeçando pelo corredor. Dali parei a tomar fôlego e, encostado na umbreira da porta, olhei o leito onde lutara contra a morte. De repente, estranhas visões me sobressaltaram: deitado, embrulhado nos lençóis, estava eu, desorbitado. Meus olhos estavam sendo comidos pelo mesmo pássaro que atravessara o poente. Gritei – _Custódia, quem está na minha cama?- Ela espreitou e riu-se:

– É das febres, ninguém está lá- .

Fui saindo, torteando o passo. Afastámo-nos do hospital, entramos pelos trilhos campestres. Naquele tempo, as palhotas dos negros ficavam longe das povoações. Caminhava em pleno despenhadeiro, o pequeno trilho resvalava as infernais e desluzidas profundezas. Me perdi das vistas, mais tombado que amparado nesse doce corpo de Custódia. Voltei a acordar como se subisse por uma fresta de luminosidade. Aquela luz fugidia me pareceu, primeiro, o pleno dia.

Mas depois senti o fumo dessa ilusão. O calor me confirmou: estava frente a uma fogueira. O calor da cozinha da minha infância me chegou. Escutei o roçar de longas saias, mulheres mexendo em panelas. Saí da lembrança, dei conta de mim: estava nu, completamente despido, deitado em plena areia.

– Custódia!- , chamei.

Mas ela não estava. Somente dois homens negros baixavam os olhos em mim. Me deu vergonha ver-me assim, descascado, alma e corpo despejados no chão. Malditos pretos, se preparavam para me degolar? Um deles tinha uma lamina. Vi como se agachava, o brilho da lamina me sacudiu. Gritei: aquela era a minha voz? Me queriam matar, eu estava ali entregue às puras selvajarias, candidato a ser esquartejado, sem dó na piedade. Me desisti, desvalente, desvalido. De nada lucrava recusar os intentos do negro. O homem cortou-me, sim. Mas não passou de uma pequena incisão no peito. Sangrei, fiquei a ver o sangue escorrer, lento como um rio receoso.

Um dos homens falou em língua que eu desconhecia, seus modos eram de ensonar a noite, a voz parecia a mão de Custódia quando ela me empurrava para o sonho. Voltei a deitar-me. Só então reparei que havia uma lata contendo um líquido amarelado. Com esse líquido me pintavam, em besuntação danada. Depois, me ajeitaram o pescoço para me fazerem beber um amargo licor. Choravam, pareceu-me de início. Mas não: cantavam em surdina. Dores de morrer me puxavam as vísceras. Vomitei, vomitei tanto que parecia estar-me a atirar fora de mim, me desfazendo em babas e azedos. Cansado, sem fôlego nem para arfar, me apaguei.

No outro dia, acordei, sem estremunhações. Estava de novo no hospital, vestido de meu regulamentar pijama. Qualquer coisa acontecera? Eu tinha saído em deambulação de magias, rituais africanos? Nada parecia. Verdade era que eu me sentia bem, pela primeira vez me chegavam as forças. Me levantei como uma toupeira saída da pesada tampa do escuro. Primeira coisa: fui à janela. A luz me cegou. Podia haver tantas cores, assim tão vivas e quentes?

Foi então que eu vi as árvores, enormes sentinelas da terra. Nesse momento aprendi a espreitar as árvores. São os únicos monumentos em África, os testemunhos da antiguidade. Me diga uma coisa: lá fora ainda existem? Pergunto sobre as árvores.

Quer saber mais? Agora estou cansado. Tenho que respirar muito. Há tanto tempo que eu não falava assim, às horas de tempo. Não vá ainda, espere. Vamos fazer uma combinação: você divulga estas minhas palavras lá no jornal de Portugal — como é que se chama mesmo o tal jornal? — e depois me ajuda a procurar a minha família. É que sabe: eu só posso sair daqui pela mão deles. Senão, que lugar terei lá no mundo? Traga-me um qualquer parente. Quem sabe, depois disso, ficamos mesmo amigos. Você sabe como eu confirmo que estou ficando velho? É da maneira que não faço mais amigos. Aqueles de que me lembro são os que eu fiz quando era novo. A idade nos vai minguando, já não fazemos novas amizades. Da próxima vez venha com um parente. Ou faça mesmo o senhor de conta que é meu familiar.

Fonte:
Mia Couto. Contos do Nascer da Terra. Vol.1. Porto: CPAC, 1998

 

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