segunda-feira, 6 de abril de 2020

Atividade para o 7º ano C e D - Tarde- 06 de abril de 2020

Boa tarde, queridos alunos!

Esta atividade é para os alunos do 7 º ANO C e D do EMEF Dom. Lizete de Oliveira Farias.




ATIVIDADE 1

ESCREVA AS PERGUNTAS E ANOTE AS RESPOSTAS NO SEU CADERNO

·         Leia o texto abaixo para responder o que se pede:



A Raposa e as Uvas

Uma Raposa, morta de fome, viu, ao passar diante de um pomar, penduradas nas ramas de uma viçosa videira, alguns cachos de exuberantes uvas negras, e o mais importante, maduras.


Não pensou duas vezes, depois de certificar-se que o caminho estava livre de intrusos, resolveu colher o seu alimento.

Usou de todos os seus dotes, conhecimentos e artifícios para apanhá-las, mas como estavam fora do seu alcance, acabou cansando-se em vão, e nada conseguiu.

Desolada, cansada, faminta, frustrada com o insucesso de sua empreitada, suspirando, encolheu de ombros e deu-se por vencida.

 Deu meia volta e foi-se embora, desapontada foi dizendo:

⸺As uvas afinal estão verdes, não me servem…

Quando já estava indo, um pouco mais à frente, escutou um barulho como se alguma coisa tivesse caído no chão… Voltou correndo pensando ser as uvas.

Mas quando chegou lá, para sua decepção, era apenas uma folha que havia caído da parreira. A raposa, decepcionada, virou as costas e foi-se embora de novo.



1.      Que características humanas podem ser atribuídas à Raposa da fábula lida?

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2.      Uma das características da fábula é a moral ao final do texto. Dê uma moral à fabula que acabou de ler.

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3. Se a raposa estava "morta de fome", como diz a fábula, por que disse "As uvas afinal estão verdes, não me servem…"? 
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4. Qual o significado do termo “morta de fome” no contexto?

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   Para as questões a seguir, use um dicionário ou procure as palavras no Google, se preferir. 

5.  Dê o significado dos termos extraídos da fábula abaixo:

b) “penduradas”

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c) “nas ramas de uma viçosa videira”

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e)  “estava livre de intrusos”

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6. Escreva abaixo o significado das palavras destacadas no texto: 
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·         Leia o conto abaixo para responder o que se pede:


A Primeira Lição

A Primeira Lição Ainda que viva cem, mil anos, não esquecerei o primeiro dia de aula, a primeira escola a que meu pai me levou, não sei se com orgulho de mim ou medo que eu desse vexame, abrindo uma choradeira ou tentando fugir- que era o que eu pretendia.
Não compreendia o que se passava. Sabia que outros meninos da minha rua e da minha família, em determinado momento, iam para a escola, num pacto misteriosos entre os pais e os professores. Cheguei a pensar que o verdadeiro motivo fosse o de se livrar dos filhos, o tempo que os guris passavam na escola dava descanso de algumas horas aos pais, que transferiam para os professores a responsabilidade de tomar conta das crianças e educá-las.
Emburrado, assisti aos preparativos, a compra dos uniformes, do material escolar, que me fascinou, eram certamente os primeiros objetos que eu podia considerar meus, minhas canetas, meus cadernos, meus livros, até mesmo a minha merendeira. E tudo isso tinha um cheiro gostoso, do qual acredito que jamais esquecerei.
O pai gostava de dar solenidade em tudo o que fazia e em tudo o que se metia. Levou-me pela mão a escola era perto de casa, não quis tirar o carro da garagem, preferiu ir a pé como se fosse cumprir um dever cívico. Apresentou-me ao diretor da escola, que deu mais importância a ele do que a mim. Mas na hora em que ia sumindo pelo corredor que levava às salas de aula, de repente tive medo e corri para ele.
Aquela seria a minha primeira separação da família, só então compreendi isso. E não estava preparado para aquele tranco. Comecei a chorar de mansinho, colado nas pernas do pai. O diretor tentou me consolar, prometeu coisas que eu não pedia e nem precisava, somente o pai acabou cedendo:
Vai, meu filho, tudo ocorrerá bem, eu ficarei esperando por você.
Havia um pátio interno na escola, onde uma palmeira se erguia no meio de um pequeno jardim, aliás um jardim mal tratado, que aparentemente ninguém usava.
O pai me mostrou:
Olha, no intervalo das aulas, você dará uma espiada e me verá ali, perto daquela palmeira. Estarei esperando e voltaremos juntos para casa.
Antes isso que nada. Quem não tem cachorro caça com gato. Eu queria que ele ficasse comigo, me dando força naquela barra que iria enfrentar, os professores, os colegas que ainda não eram meus amigos, eu os achava estranhos, capazes de fazer maldades comigo, que era um dos mais pequenos e indefesos. Trazia na cara não o medo, mas a suspeita de que o colégio poderia ser um problema e não uma solução.
Realmente, no intervalo das aulas, olhava para o pátio e via o pai, que comprara um montão de jornais e revistas, sentara num banco de cimento, havia uma garrafa de água mineral ao lado. Ia sentir orgulho de ter um pai como aquele, mas outros meninos também viram o homem ali parado e ficaram sabendo que era meu pai.
Caíram em cima de mim, me chamaram de mulherzinha. Eu não seria “homem” como eles começavam a ser. Daí que fiquei envergonhado. Acabada a última aula, desci correndo para ao pátio. O pai estava cansado, mas fingiu que não estava:
Então? Como foi a escola? Tudo bem? Não disse que você ia gostar?
Tive vontade de dizer que gostara e não gostara. Mas de uma coisa tinha certeza:
Pai, amanhã me deixa sozinho na escola. Os meninos zombaram de mim, zombaram de você, me chamaram de mulherzinha e você de coroa.
Percebi que o pai também gostou e não gostou da minha reação. Mais por incentivo do que por curiosidade, perguntou o que eu aprendera naquele primeiro de escola. Fiz um balanço do que ouvira e vira, o quadro verde em que uma professora de óculos escreveu o nome do colégio em letras enormes e depois pediu para que cada um de nós dissesse as  letras. Uma outra professora, esta sem óculos, contou uma história que eu não entendi direito, tinha um homem chamado Monteiro lobato, e disse que o Brasil era um país maravilhoso, mas que precisava muito de nós.
Outros professores falaram de outras coisas, houve um que me perguntou se eu sabia contar até cemeu já havia aprendido isso com o pai, porque me faziam repetir o que eu já sabia?
Só não sabia de uma coisa. Que apesar de ser um menino, que não chegara ainda aos dez anos, já era uma coisa importante para os outros e para mim mesmo. E aprendera também que acabara para sempre a minha infância. Não devia ter chorado quando entrara na escola, obrigando o pai a ficar de plantão, de sentinela, tomando conta do filho a distância. Daquele dia em diante, eu teria de me habituar a enfrentar a vida por conta própria.
O pai me levou de volta para casa, segurou minha merendeira e a mochila que eu trazia às costas, com meus cadernos e livros. Imaginando que eu estava triste, disse com certa pena:
Meu filho, são os abrolhos... estão começando os abrolhos...
Eu não sabia o que eram abrolhos. No dia seguinte, a tal professora de óculos perguntou se algum de nós tinha alguma dúvida. Quando chegou a minha vez, eu quis saber o que eram abrolhos.
Ela disse que abrolhos eram dificuldades, os problemas que a gente vai encontrando pela vida. Eu então aprendi mais do que isso. Que meu pai era um grande sujeito e, com ele, venceria todos os abrolhos.

Calos Heitor Cony
7. Sobre o conto, responda: 


a) A palavra “mulherzinha” é usada no texto para atribuir ao menino características supostamente femininas. Que características seriam essas?

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b) Em sua opinião, o que o pai pretendia ao esperar o filho do lado de fora da escola?
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8. No texto, é narrada a história de um menino que é levado pela primeira vez à escola por seu pai.   
a) Quem é o narrador da história e que tipo de narrador ele é?
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b) O narrador conta uma história recente? Justifique sua resposta.

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Até a próxima sexta-feira!☺️💛

Se quiser, deixe um comentário abaixo. 

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